Representantes do Coletivo Ciclomobilidade Pará reuniram, na tarde de ontem (05), com técnicos e Secretário Municipal da Secretaria de Urbanismo de Belém (Seurb), Adinaldo Sousa de Oliveira, e diretores da Secretaria Municipal de Mobilidade (Semob). A reunião teve por finalidade reapresentar as demandas dos ciclistas ao poder público, tento em vista que durante os anos de 2015 e 2016, foram feitas diversas reuniões sem que fosse feito o atendimento efetivo das pautas apresentadas.
Durante a reunião o coletivo falou sobre os problemas das ciclovias e ciclofaixas da cidade, que encontram-se deterioradas. A Av. Almirante Barroso, foi pontuada, mas a prefeitura justificou que não foram realizadas obras na via, apesar das obras do BRT, no entanto, os ciclistas alertaram para problemas que não existiam antes da obra passar por lá. E destacaram a necessidade de que a empresa seja cobrada, já que os resquícios da obra ficaram todos por lá, com pisos desnivelados, esburacados e restos de concreto.
A ciclovia da av. Duque de Caxias foi outro ponto importante da reunião. Inaugurada em fevereiro de 2016, apresenta problemas sérios desde antes da liberação para trânsito. A gestão informou que o local possui problema no solo e por isso vem sofrendo reparos com frequência, mas os problemas retornam. O coletivo questionou sobre os estudos de sondagem realizados para a obra e da garantia da obra por parte da empresa, que normalmente é de 5 anos após inaugurada. De acordo com o secretário da Seurb, Adnaldo Oliveira, a prefeitura teve diversos problemas com a empresa que executou a obra e a empresa não existe mais. A gestão se comprometeu em fazer uma visita técnica para reavaliar os problemas.
A ciclovia da av. Augusto Montenegro também foi pontuada, tendo em vista que teve o primeiro trecho recém inaugurado, mas já precisa de ajustes, como desníveis, placas de sinalização, postes e até casa no meio do trajeto. O coletivo apresentou fotos de um levantamento feito no local para a audiência do BRT, promovida pelo Ministério Público Estadual (MPPA), no dia 22 de agosto.
Outro ponto da reunião foi a colocação de paraciclos em locais estratégicos da cidade. A demanda foi sugerida à prefeitura em 2016, com sugestão da utilização da antiga estrutura que servia de guarda-corpo na ciclovia da Av Almirante Barroso. O coletivo chegou a fazer uma visita monitorada com a Seurb nos possíveis locais para colocação. Os técnicos informaram que estão em contato com órgãos do patrimônio histórico para liberação em áreas tombadas, além de negociação com empresário para financiamento da obra de implantação dos paraciclos. Nas áreas tombadas, o coletivo sugeriu que a gestão utilize uma vaga de veículo para a colocação da estrutura, tal qual como foi feito nos espaços de bicicletas compartilhadas.
Ao final da reunião a prefeitura se responsabilizou em fazer levantamentos técnicos nas ciclovias deterioradas, com prazo para retorno ao Coletivo em 15 dias. A Semob irá verificar a viabilidade da utilização da vaga de veículo para a implantação do paraciclo nas áreas tombadas, além de dar encaminhamento para iniciar a colocação dos paraciclos em outros pontos da cidade. O prazo estipulado para dar retorno aos ciclistas para essa demanda é de 30 dias.